Prometo, caro leitor, que dessa vez a postagem não tem nada de filosofia, pensamentos árduos e profundos ou coisa similar. Vou apenas falar dos velhos clichês e já afirmo, de antemão, que às vezes não há nada melhor.
Atualmente tenho acompanhado como uma criança aos primeiros episódios da série Robin Hood, da BBC. Eis um seriado preto-no-branco, onde os heróis são heróis, os vilões são vilões e todo mundo sabe como tudo termina. E é aí que reside a grande cartada da série.
Ela não veio com grandes pretensões, e apenas resolveu contar histórias, aventurões, de forma divertida, simples e contagiante. E claro que como uma história que se passa na Idade Média, com o orçamento não de uma produção hollywoodiana, mas de uma televisão, esse Robin Hood tem suas falhas, pelo menos no início. Encaramos algumas ceninhas de combates mal-feitas, algumas curvas repentinas demais na história e etc. Mas tudo se resolve assim que passamos a gostar de cada personagem e a nos envolver com os episódios seguintes. E há os clichês, é claro. O que seria deste show sem eles? Passagens de ação cômica, personagens com todas as nuances dos mais clássicos heróis e vilões, planos previsíveis, filosofia barata... E tudo divertido em demasia justamente por evitar o clima pesadão.
Como não torcer pela fanfarronice do personagem-título, ou pelo seu criado resmungão? Ainda tem o grupo de bons lutadores sempre fiéis, a mocinha nem tão mocinha assim, o lacaio do vilão em seus trajes escuros e sua fala carregada, e o próprio vilão, paspalho e cruel ao mesmo tempo.
Em Robin Hood temos todos os elementos necessários para a fantástica aventura que nos entretinha quando criança, e quão bom é descobrir que ainda podemos nos deixar levar por esses mesmos preceitos e apenas curtir o que há de bom! E viva a trilha sonora de Andy Price que completa a pintura desse mundo fantástico!
Bom, enquanto Hood luta pela bondade e por alguns trocados, eu fico aqui, esperando pelo próximo capítulo, desejando mais um bocado de aventura...