Bem-vindos amigos do Caio em Coluna. Há poucas semanas começaram as notícias mais contínuas acerca do circo da Fórmula 1. E que circo, hein?
Com os sérios programetes exibidos nas madrugadas da Rede Globo nem parece que a zona corre solta. Mas aí você me pergunta, amigo, digo, leitor: por que circo?
Nem precisa dizer o montante de dinheiro e escândalos que correm de lá pra cá no ano "letivo" da categoria, e até fora dele. São rios de dinheiro com nascentes volumosas e infinitas, e assim também são os boatos, fofocas e fatos sobre o que rola nos bastidores. Só por esses dois aspectos a Fórmula 1 já poderia ser categorizada como um circo. Mas não é só (ligue agora e você vai receber gratuitamente um cartão de memória com 256 KB)!
Desde o ano passado que o troca-troca de equipes tornou-se intenso, de uma forma que não era vista há tempos. Com esse vai-e-vem a categoria ressurgiu mais caótica, mais sujeita a mudanças. Afinal, quem poderia prever que no ano passado, uma equipe estreante venceria o Mundial de Construtores e Pilotos? Que Rubens Barrichello seria quase-campeão mais uma vez? E que o até então zumbi Jenson Button levaria o campeonato pra casa?
Nem de longe, nem de longe. Apesar de transformar a fórmula num circo ainda maior, eis o aspecto positivo. As idas e vindas de pilotos e equipes só engrandecem o espetáculo. Trazem novidades e aumentam possibilidades que antes se jugavam impossíveis. Imagine neste novo ano um campeonato renovado, com infinitas chances para vários lados! Alonso migrou para a Ferrari, após meses de paixão reprimida. Rubinho deixou a Brawn, que virou Mercedes, e foi para a Williams. Massa está de volta com tudo. Jenson largou a equipe na qual se consagrou campeão e aceitou o convite da Maclaren para correr ao lado de outro campeão mundial, Lewis Hamilton. Surgiram novas equipes, como a Manor, a Campos e a US-F1. São quatro brasileiros disputando o campeonato este ano. Novas regras de pontuação e abastecimento... ufa! E olhe que as mudanças não param por aí, mas minha memória sim!
Por fim você se questiona uma vez mais: e que título louco da postagem é esse, Caio? Eu respondo, eu respondo...
Ora, qual a maior novidade este ano, senão o retorno do heptacampeão (vide, maior piloto da história da Fórmula 1, apesar do que nós brasileiros queiramos achar) Michael Schumacher? Eu sei, eu sei... Mas isso ainda não responde a pergunta. Então vamos lá: qualquer um que tenha pelo menos a idade aproximada que carrego se lembra do desenho animado "Pegue o Pombo" protagonizado por Dick Vigarista e o cão Muttley. Pois bem. Inúmeras vezes, o fodástico da foto ao lado foi comparado ao protagonista do desenho por suas ligações escusas com certos chefões e suas manobras vigaristas nas pistas fodendo outros pilotos. Mas ao contrário do Dick original, Schumacher sempre se deu bem no final, sem nunca evitar as "in"fames comparações, inclusive físicas. Eis aí o porquê do título.
Resta saber, com o início do campeonato se aproximando, se Dick Vigarsta, vulgo Michael Schumacher, conseguirá se manter no poder, ou se surgirá um cão Muttley para afundar seus planos de retorno triunfal.
Circo por circo, esse ano promete!
Adendo: não esperem muito pelos brasileiros, mesmo com Massa soltando fumaça. Sabemos que apesar das probabilidades, afinal são quatro dos nossos pilotos competindo, o azar corre solto desde que a categoria ficou apenas nas mãos de Rubinho décadas atrás.