Diário transbordo: Pôneis e pincéis


Numa postagem anterior cheguei a citar um colega de trabalho chamado Josimar. Só o conhecendo mesmo para entender a figura que é esse cara. Foi ele quem me fez lembrar de uma das cenas mais divertidas das animações que já assisti, a do bode cantor do filme Deu a Louca na Chapeuzinho (se você não leu a postagem, basta clicar aqui). Cada dia no trabalho traz a certeza que haverá pelo menos uma ocasião em que uma história, piada ou situação hilária virá à tona só por causa do Sr. Josimar. Tanto que venho pensando seriamente em criar um blog paralelo com um personagem inspirado nessa personalidade ímpar. Enquanto não o faço, fica aqui uma nova tag intitulada "Causos de Josimar" onde narrarei alguns desses ocorridos.

Pois bem. Estava envolto em minhas ocupações atuais quando ele contava para outro funcionário o que presenciou numa das lojas do Boticário. Só ouvi o final, mas bastou este para que lhe pedisse para recomeçar e explicar direito o que aquilo significava.

Contou que uma cliente que apresentava alergias aos pincéis usados em maquiagem, pois estes eram feitos de crinas de cavalos, informou justamente isso à atendente, pedindo-lhe um pincel que não fosse nessas condições. Prontamente a atendente buscou dois pincéis e os apresentou à mulher, que estranhou o fato dos objetos serem praticamente idênticos. E por isso, indagou: - Qual a diferença?

- Bem, este aqui é feito de crina de cavalo, que a senhora tem alergia. Porém este é confeccionado com crina de pônei. - explicou a funcionária bastante satisfeita com o trabalho que desenvolvia. E prossegiu: - Então, pelo fato deste aqui ser produzido com os pêlos do pônei, se trata de um material sintético e não causará qualquer mal a senhora.

Obviamente, a senhora franziu o cenho e perguntou: - Como se trata de um material sintético se você acabou de afirmar que era feito com pêlos de pônei?

A vendedora sabiamente respondeu: - Ora, senhora! Pôneis são cavalos sintéticos, daí a distinção do material.

Disse Josimar que, no mesmo instante, a supervisora da loja que acompanhava a venda esboçou um sorriso amarelo e interrompeu a conversa pedindo mil desculpas à cliente e mandando a funcionária se recolher ao estoque. Com cara de quem não entendia nada do que se passava, a moça acatou as ordens e a supervisora tentou consertar a situação.

- Pois eu não sabia que agora se produziam pôneis em fábricas! - encerrou Josimar.