Nessas semanas um colega do trabalho, o impagável Josimar, tirou algumas notas do fundo da garganta e me lembrou de um personagem marcante em um filme apenas mediano. Como quem nada queria, enquanto executava suas atividades rotineiras em nosso setor, ele iniciou sua cantoria daquela canção que ficara gravada no fundo da minha mente. Refiro-me ao filme Deu a Louca na Chapeuzinho, e ao seu personagem coadjuvante, o Bode Cantor, um tremendo canastrão.
Como já frisei, não há muito de excepcional na película, porém é incrível como apenas uma criatura, o tal bode, fez com que a obra permanecesse presa às minhas memórias. Isso não é único no cinema. Muitos já foram os filmes que se superaram não por conterem um bom roteiro, direção ou história, mas apenas por causa de uma figura que, mesmo por vezes secundária, acaba levando todo o conjunto ao sucesso.
Sucesso não foi bem o caso dessa animação, mas ela entra para a lista de momentos inesquecíveis do cinema com a sequência de Chapeuzinho encontrando o Bode Cantor numa cabana qualquer e culminando numa viagem rápida por trilhos com ele. Aos que não conhecem ainda, deixo o vídeo da cena.
.
"Teeeeem uma avalanche vindo e não deu pra precaver. Rugindo igual leão feroz assusta pra valer. Não fosse o meu feitiço eu berrava em português, mas já que é pra cantar vou me acabar no tirolêêêêês..."