Algumas das melhores coisas que descobrimos são aquelas que surgem do vazio, alheias às expectativas. Sem querer, você clica em um link e dá de cara com um filme, uma música ou qualquer coisa que seja. Mas até um segundo atrás você nunca diria que poderia conhecer algo novo que lhe capturaria pela boca como um anzol. Nessa velocidade da internet, que tanto beneficia quanto atrapalha, belezas inimagináveis vêm à tona. Numa dessas minhas garimpadas internéticas encontrei Gus Black.
Ele é um cantor/compositor de Los Angeles que, apesar de já possuir cinco álbuns lançados e um engatilhado, ainda não teve os holofotes que merecia. Sua criação mais conhecida é o disco Autumn Days, de 2006, um verdadeiro deleite para os amantes do folk rock. No recheio bem produzido dessa obra-prima, estão canções como Trillion Things, Long Beach, Certain Kind of Light e a que dá nome ao CD, Autumn Days.
Além de sua mais famosa criação, Gus Black ainda assina os discos Uncivilized Love, com faixas à altura do seu sucessor e o mais recente Today Is Not The Day, carregado de uma tristeza sombria, distinto de suas outras produções e muito bem recebido pela crítica.
Nesses trechos é possível perceber o potencial de suas letras:
"I can tell a trillion things
From the way you walk
You can tell me everything
That I'm not
It's alright
It's alright
Honey, we lost control
It's all lies... it's all lies"
"The blame
Won't change
Autumn days
When the sky is fallin'
Hey, hey
Don't waste
One more day
The sky ain't fallin'"
Com Don't Fear the Reaper, que fez parte da trilha do filme Pânico, e Paranoid, da série Californication, Gus Black ganhou mais espaço, mas não tanto quanto deveria ter para mostrar a sua capacidade.
Com um novo disco para ser lançado esse ano, The Day I Realized..., talvez venha a oportunidade para que esse artista, um dos meus preferidos, consiga chegar aos palcos que merece. Enquanto isso não ocorre, deixo um vídeo de uma apresentação sua com todo o poder da música Certain Kind of Light.