O que me resta apenas é aposentar meus lápis, teclados, as pontas dos meus dedos, e decretar falência. Se antes, com meus livros e contos inacabados, via meu amigo-editor João Paulo Parisio, vulgo algoz, atormentar meus delírios insanos afirmando que precisava melhorar meu modo de escrever em vários níveis, o que vou fazer a partir de então com mais regras e exceções no meu encalço? Se antes conseguia ao menos terminar alguns capítulos para, em seguida, jogá-los no cesto de lixo, de onde tirarei o prazer de ver minhas obras rasgadas e amassadas agora? Serei incapaz de lidar com uma simples página em branco!
Mas, livrando-me dos excessos, espero realmente que aqueles cabeçudos antiquados que tentam fazer revolução em cima de merda parem por aí, e nos meus sonhos mais lúdicos, retrocedam essa idéia de reforma. Já temos a reforma agrária, ora! Pois imaginem só se eles seguissem em frente e quisessem aumentar a quantidade de porquês em nossa vida. Eu que já me embananava com os quatro existentes...
Reforma andando a todo vapor, acho que nos resta ficar com o que sobrou: aguentar a frequente linguiça sem tremer!