Diário transbordo: B.B.B.


Não, meus caro leitores! Não é uma postagem sobre aquele programinha chulo, desnecessário e tosco da Rede Globo. Na verdade venho para falar, poucos minutos após o término do Grande Prêmio da Austrália, sobre uma mostra de que o mundo gira, e que a superação não é uma meta intangível.

Imagine fazer parte de uma empresa que está para fechar as portas, se debruçando sobre o vão do nada. Pois bem, essa era a equipe Honda, o lar dos pilotos Rubens Barrichello e Jenson Button, até pouco tempo atrás. Num dia, as portas das garagens estavam abaixadas, prontas para serem seladas definitivamente. No outro, graças à genialidade de um homem chamado Ross Brawn, a Honda se transforma, gerando a equipe Brawn GP. E supreende. É a mais veloz em inúmeros treinos e supera infinitamente as reinantes Ferrari e McLaren, fazendo ressurgir as esperanças que estavam mortas para todos os envolvidos, desde mecânicos até os chefes da equipe, e tudo isso dentro de um único mês.

Então, chega o dia: 28 de março de 2009. Nos treinos classifcatórios, a Brawn GP conduz Button à pole position e coloca Barrichello ao seu lado, na segunda posição. Quem diria que um piloto que já estava com os dois pés na aposentadoria, Rubens Barrichello, iria se erguer de maneira tão evidente e emocionante? Mas é claro que tudo poderia não passar do treino, afinal, quantas vezes já vimos carros se colocarem nas primeiras posições de largada e nem completarem a corrida no dia seguinte?

Eis que chegou o dia 29, em meio a toda comoção das novidades da Fórmula 1, e eu acordado no meio da madrugada com a expectativa em ascenção. E vi os dois dos maiores nomes da Fórmula 1 atual que traçaram duelos emocionantes no ano passado ficarem apagados. Não se viu nada de Massa e Hamilton, muito menos um pontinho do brilho rubro da Ferrari. O que veio foi uma total hegemonia da nova equipe, e por mais surpreendente que possa ser, uma enorme onda de sorte para o nosso Rubinho, que correu, e correu de verdade.

Após uma corrida turbulenta e emocionante, surgiram no pódio as três grandes promessas sorridentes para essa nova temporada: Brawn, Button e Barrichello. Foi bonito ver o grau de união e incredulidade dos três que juntos, trouxeram esperança a tantos outros.

Quem disse que não existe superação?