Personagens: Jack Sparrow


Sou um fã incondicional do ator Johnny Depp. E quem não é?

Bem cedo, com papéis incríveis e interpretações brilhantes, tal artista cativou o mundo. Desde Edward Mãos-de-Tesoura, onde firmou sua extensa parceria com o diretor Tim Burton, e daí surgiram outros tantos clássicos como Sweeney Todd, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça e A Fantástica Fábrica de Chocolates, passando por personagens icônicos nos filmes Don Juan de Marco, Profissão de Risco, Chocolate, Medo e Delírio em Las Vegas e Em Busca da Terra do Nunca, até a chegada daquele que se tornou uma das maiores e mais hilárias personalidades do cinema atual, o capitão Jack Sparrow, da trilogia Piratas do Caribe, o ator surge sempre para nos encantar.

Com um jeito de ser meio esquisitão e tímido, Depp é hoje (na verdade já a um bom tempo), um dos grandes artistas do cinema mundial. Falou-se em um filme dele, é garantia de que teremos, no mínimo, uma atuação cativante, seja para o lado de seus exageros cômicos, ou mesmo para interpretações profundas, sombrias ou dramáticas. E é sempre um prazer vê-lo encarnar alguma criação dos roteiristas ou da cabeça de Burton. Não posso deixar de lado também suas inspirações musicais, afinal, para aqueles que não sabem, Johnny é guitarrista e já esteve ao lado de grandes nomes como Oasis, na canção Fade In-Out. Esse verdadeiro camaleão de Hollywood, que já recusou papéis importantes para não se passar por astro, como em Velocidade Máxima, ou mesmo aquele que alçou Leonardo Di Caprio ao estrelato, em Titanic, demonstra cada vez mais sua competência na arte de atuar.

Johnny Depp à parte, venho aqui mesmo é falar de seu mais famoso personagem dos últimos tempos, o fanfarrão e sacana capitão de bucaneiros do Caribe, o pirata Jack Sparrow. Com Depp na pele dele, rimos até não podermos mais com as peripécias desse anti-herói e suas aventuras ao redor do mundo nos três filmes da saga. Em A Maldição do Pérola Negra, produção que não tinha pretensões e tinha como astro Orlando Bloom, Johnny roubou a cena e levou para a Disney, produtora da película, montanhas de dinheiro com sua interpretação carismática e sagaz de Sparrow. Daí, as sequências eram iminentes. Com o Baú da Morte, o personagem se tornou o ponto-chave da história e a coisa engrenou. Tivemos mitologia, ação e Jack Sparrow até não querermos mais, porém com sua pseudo-morte no final, os roteiristas acertaram em cheio e incutiram na mente do público o desejo de retorno. Foi na última parte da epopéia, No Fim do Mundo, que Sparrow regressou ainda mais esquisito e trazendo à tiracolo seu pai, interpretado pelo imortal Keith Richards. Num transcorrer quase rpgístico, o deleite estava encerrado com um capitão solitário disposto a viver eternamente e partir em busca da Fonte da Juventude. E Sparrow ficou na memória.

De lá para cá, Depp já anunciou que não mais voltaria a encarnar o pirata, e o mesmo foi ouvido dos coadjuvantes Orlando Bloom e Keira Knightley, e a Disney não tinha interesses em dar sequência ao projeto. Mas então, quando a esperança já morria, Depp acordou para a vida e disse que retornaria, mesmo que solitário, ao seu personagem-ícone. Enfim fomos agraciados com as notícias pululantes sobre Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas, e que para melhorar, a produtira tinha em mente fazer dessa continuação uma nova trilogia, com mais dois episódios filmados em conjunto num futuro próximo.

E basta um trailer, um pequeno take onde só Jack Sparrow aparece e fala com a câmera, para que percebamos o quanto amamos tal personalidade, e como cresce a ânsia pelo seu retorno aos cinemas. Sparrow é eterno. Sparrow é único.

Obrigado, Johnny Depp!